segunda-feira, 5 de julho de 2010

Argentina chora eliminação na Copa

Tristeza toma conta das ruas em diversas cidades argentinas após eliminação do Mundial


 A tristeza tomou conta neste sábado da Argentina com a eliminação da seleção nacional na Copa do Mundo, após levar uma goleada de 4 a 0 para a Alemanha no estádio Green Point, na Cidade do Cabo, em jogo pelas quartas de final.
As milhares de pessoas que foram às ruas em todo o país para acompanhar o jogo nos telões espalhados em vários pontos das principais cidades argentinas não puderam conter as lágrimas após assistirem ao naufrágio da seleção, quatro anos depois de perder também para os alemães, e também nas quartas de final.
 Muitos não foram capazes de ver o fim do jogo. Depois do terceiro gol alemão, vários torcedores preferiram se retirar.

Foi com grande surpresa - e não poderia ser diferente - que a imprensa argentina reagiu à eliminação da seleção comandada por Diego Maradona na Copa.

"Suor e lágrimas", destaca em sua edição online o jornal esportivo "Olé". "A Argentina foi barrada pela solidez alemã e se despediu da Copa do Mundo nas quartas de final, como há quatro anos. Desta vez foi pior a surra. O gol de Müller aos três minutos foi um golpe forte, Diego não encontrou respostas e Klose liquidou a partida", acrescentou.

"Sem atenuantes: Alemanha esmagou a Argentina e está nas semifinais", disse o jornal "La Nación" em seu site, lembrando ainda que "faz 20 anos que a seleção nacional não fica entre as quatro melhores de uma Copa".

A página do "Clarín" na internet reconheceu a superioridade alemã no confronto, mas não deixou de lamentar o gol que abriu cedo o placar. "(A Argentina) foi goleada por 4 a 0 nas quartas de final pela Alemanha, que a superou com um time inteligente. A equipe sofreu um gol aos três minutos que condicionou a partida e não conseguiu reagir", explicou.




Já a estrela da seleção argentina de futebol, Lionel Messi, se desculpou com os torcedores chineses por sua pobre atuação na Copa do Mundo da África do Sul em seu blog pessoal na Tencent, companhia chinesa com a qual tem um contrato publicitário.
"Sinto-me realmente mal, quero voltar para casa. Não jogamos bem a partida (contra a Alemanha) e temos que começar do início. Obrigado por seu apoio", destacou Messi em sua entrada no blog, traduzida para o mandarim para os leitores chineses.
Através da Tencent, Messi oferece suas desculpas aos muitos admiradores que tem no gigante asiático: "Nós (Argentina) não cumprimos com as expectativas de muita gente", diz, e assegura que continuará escrevendo o blog.
Desde o começo do Mundial, Messi aparece em anúncios televisivos nas televisões chinesas promovendo em espanhol a QQ.com, o chat mais popular entre os internautas do gigante asiático, operado pela Tencent.
Os torcedores chineses esperam agora Messi em agosto, já que o Barcelona deve jogar um amistoso contra o Beijing Guoan no Estádio Olímpico de Pequim.

Créditos das Images: EFE
 

sábado, 3 de julho de 2010

Após vitória, imprensa holandesa acredita no título

Principais jornais do país destacam o bom desempenho do time contra a seleção brasileira

A imprensa holandesa reflete neste sábado a euforia do país depois que a seleção local venceu o Brasil por 2 a 1 na Copa do Mundo da África do Sul, e mostra que o país acredita que o time pode, enfim, conquistar o primeiro título mundial da Laranja.  O jornal "Algemeen Dagblad", que traz várias páginas sobre a vitória do time de Bert van Marwijk, traz a manchete "A laranja pode crer em um título mundial", e destaca a "potência de campeões" que a seleção holandesa mostrou contra o Brasil.
No "De Volkskrant", a manchete é "Com personalidade, vencemos o Brasil", enquanto as páginas interiores refletem a confiança naquele que seria o primeiro título mundial do país. O jornal ainda lista uma série de elogios ao treinador: "consequente, tranquilo, tático, simpático, perfeccionista, trabalhador e crítico".
O diário "De Telegraaf" ressalta o "milagre" realizado na sexta-feira pela seleção. "A Holanda superou a 'Síndrome Brasil', ressalta".
A euforia também é visível nas ruas da Holanda, que a cada dia se tingem mais da cor de sua seleção, com bandeirolas por todos os lados e incentivos à distância aos ídolos.

Imagem: GettyImages

De virada, Brasil perde para a Holanda e dá adeus à Copa

Robinho abriu o placar na primeira etapa, mas Holanda consegue a virada no segundo tempo

A Holanda venceu a seleção brasileira por 2 a 1 no estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth, e garantiu lugar nas semifinais do Mundial. Os gols da partida foram marcados por Robinho, Felipe Melo (Contra) e Sneijder. A seleção holandesa volta a campo na próxima terça-feira às 15h30 para enfrentar o Uruguai. O Brasil está eliminado da Copa do Mundo.

Sem poder contar com Ramires, suspenso, e Elano, lesionado, o técnico Dunga promoveu o retorno de Felipe Melo ao time titular. E foi dos pés do volante que saiu os dois primeiros gols do jogo. Aos nove minutos do primeiro tempo, o volante deu belo passe para Robinho que só teve o trabalho de empurrar para as redes.
O técnico Dunga manteve o mesmo sistema de jogo utilizado contra o Chile. Gilberto Silva ficou mais preso, na proteção da defesa, enquanto Felipe Melo, Daniel Alves e Kaká, de campo tinham mais liberdade para atacar. Outro que tinha muita liberdade para apoiar era Maicon.

Pelo lado holandês, o treinador Van Marwijk preferiu colocar Ooijer no lugar de Mathijsen. Nas demais posições, era a mesma formação que venceu a Eslováquia por 2 a 1. Preocupada com o fraco setor defensivo, a Holanda tinha os quatro defensores, mais De Jong e Van Bommel à frente da defesa.
Na linha ofensiva jogaram três meias. Robben, pelo lado direito, Kuyt, pela esquerda, e Sneijder, centralizado. Como atacante de ofício jogou apenas o atacante do Arsenal Van Persie.
Apesar de dominar completamente a primeira etapa, o Brasil perdeu várias chances de definir a partida. Na volta para a segunda etapa, Sneijder levantou a bola para a área e Felipe Melo cabeceou a bola para o fundo do gol brasileiro.
A seleção brasileira sentiu o gol sofrido e parou de atacar. Aos 19 minutos, de cabeça, Sneijder marcou o segundo gol da Holanda. O meia aproveitou uma cobrança de escanteio e livre, da pequena área, escorou para o gol.
Depois do segundo gol, o time brasileiro perdeu a cabeça e passou a atacar de forma desencontrada. As tabelas não aconteciam mais e para piorar Felipe Melo pisou em Robben e acabou sendo expulso.

Perdemos a freguesia


A última derrota da seleção brasileira contra a Holanda ocorreu no dia 08 de junho de 1974 na fase de grupos da Copa do Mundo. Depois disso, as seleções se enfrentaram em seis oportunidades.
Duas vezes em Copas – 1994 (vitória por 3 a 2) e 1998 (empate por 2 a 2 e vitória nos pênaltis)


Quatro vezes em amistosos – Com três empates e uma vitória para a seleção canarinho.

O jogo


O Brasil já começou a partida marcando um gol, aos nove minutos. Felipe Melo dominou a bola atrás do meio de campo e lançou Robinho, que passava no meio da zaga holandesa. O camisa 11 recebeu em velocidade e bateu de primeira por baixo de Stekelenburg.
No minuto seguinte, Kuyt fez boa jogada pela ponta esquerda, fintou Lúcio e bateu forte buscando o canto baixo. Julio César espalmou para escanteio.
Juan perde a chance de aumentar, aos 27. Daniel Alves cruzou a bola rasteira do lado direito. O zagueiro do Brasil, que ficou na área depois de uma cobrança de escanteio, antecipou-se aos marcadores e d a marca do pênalti bateu por cima do gol.
Linda jogada. Robinho fintou dois marcadores e tocou para Luís Fabiano. O centroavante ajeitou de letra para Kaká que tentou encobrir o goleiro. Stekelenburg conseguiu fazer a defesa.
O Brasil comandou as ações do primeiro tempo e poderia ter construído um placar mais elástico.

Segundo tempo


No começo da segunda etapa a Holanda chegou ao empata. Sneijder levantou de perna esquerda para a área. Felipe Melo e Júlio César deram um encontrão no meio da zaga e a bola acabou indo para o fundo do gol.
Depois do gol o Brasil acabou sentindo o gol. Mas aos 20 minutos Kaká assustou o goleiro Stekelenburg. O meia do Brasil recebeu a bola na entrada da área, ajeito e bateu colocado. A bola caprichosamente passou ao lado do gol.
No lance seguinte a Holanda chegou ao segundo gol. Robben bateu escanteio pelo lado esquerdo. Kuyt desviou para o segundo pau e Sneijder, da pequena área, cabeceou para o gol.

A seleção passou a atacar de forma desencontrada e para piorar Felipe Melo acabou pisando em Robben e foi expulso.
A Holanda começou a atacar no contra-ataque e levava muito perigo ao gol brasileiro. Mesmo sem marcar, o placar já estava definido.
O Brasil está fora da Copa do Mundo de 2010.









Ficha técnica:

Holanda 2 X 1 Brasil
Data: 02/07/2010, Sexta-feira
Horário: 11h (horário de Brasília)
Local: Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth , na África do Sul
Árbitro: Yuichi Nishimura (do Japão)
Auxiliares: Toru Sagara (do Japão) e Hae Sang Jeong (da Coreia do Sul)
Cartões Amarelos: Heitinga, De Jong, Ooijer e Van der Wiel (Holanda); Michel Bastos (Brasil)
Cartões Vermelhos: Felipe Melo (Brasil)

Holanda
Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Ooijer e Van Bronckhorst; Van Bommel, De Jong, Sneijder; Kuyt, Robben e Van Persie (Huntelaar)
Técnico: Bert Van Marwijk

Brasil
Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos (Gilberto); Gilberto Silva, Felipe Melo, Daniel Alves e Kaká; Robinho e Luís Fabiano (Nilmar)
Técnico: Dunga

Gols: Robinho aos 9 do primeiro tempo; Felipe Melo (Contra) aos 8 e Sneijder aos 19 do segundo tempo.

Imagens:Getty Images

Após derrota, Dunga confirma que deixa comando da seleção

Técnico comando o Brasil em 60 jogos: 6 derrotas, 12 empates e 42 vitórias

 Após a eliminação para a Holanda, o técnico Dunga confirmou ontem, em entrevista coletiva em Port Elizabeth, que deixará o comando da seleção brasileira. "Todos sabiam que eu ficaria quatro anos", disse o treinador.

Dunga assumiu o comando da seleção após o Mundial de 2006. Nos últimos quatro anos, conquistou a Copa América e a Copa das Confederações, e terminou em primeiro nas Eliminatórias para 2010.

Contando com a eliminação de ontem, foram 60 jogos no comando da seleção principal, com seis derrotas, 12 empates e 42 vitórias.


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Camisa azul protege Brasil rumo a títulos mundiais



A Seleção brasileira voltará a usar o "manto da sorte" diante da Holanda nas quartas da Copa do Mundo.

Apesar de ser considerado o segundo uniforme do Brasil, a camisa azul é historicamente um importante amuleto para a pátria que se acostumou com o tom "canarinho". Nesta sexta-feira, diante dos holandeses,está confirmado que os comandados de Dunga vestirão o manto reserva, já que os holandeses são mandantes do duelo e a Fifa avalia que o laranja e o amarelo não podem ser usados ao mesmo tempo.

Desta forma, os torcedores podem começar as comemorações já na véspera. Com o caráter de "talismã", o uniforme azul vestiu os jogadores da seleção brasileira em confrontos vitais para a definição de três das cinco conquistas mundiais. O histórico de paixão do Brasil com a cor da fé e da confiança foi iniciado em 1958, na decisão diante dos suecos.

Na condição de anfitriões do torneio, os europeus tinham o direito de escolher a cor da camisa, tradicionalmente amarela, assim como a da equipe maestrada pelo então jovem Pelé, de 17 anos. A questão provocou um grande impacto no time brasileiro, que, supersticioso não queria mudar de uniforme. A solução foi dada pelo chefe da delegação. O Dr. Paulo Machado de Carvalho associou o azul da camisa ao manto de Nossa Senhora de Aparecida. Aos gritos, o Marechal da Vitória afirmava: "Com esta camisa, já conquistamos a Copa."

As palavras vibrantes motivaram uma grande exibição na decisão, que coroou o primeiro título brasileiro em sua trajetória vitoriosa ao longo das Copas. Apesar de os suecos começarem bem e abrirem o placar, o Brasil mostrou tranquilidade e repetiu o resultado que já havia disparado diante dos franceses na semifinal. O marcador de 5 a 2 é até hoje a maior goleada de uma seleção em final de Copa do Mundo.

Em 1974, o azul voltou à tona e marcou a eliminação brasileira contra a Holanda na reta final do Mundial. No entanto, 20 anos depois a aura de sorte que acompanha o manto idealizado pelo "Marechal da Vitória" abençoou o time de Parreira diante da mesma "Laranja Mecânica". Nas quartas de final da campanha do tetra, em 1994, o trio formado por Romário, Bebeto e Branco embalou o triunfo por 3 a 2. Após a suada vitória, o Brasil voltou a vestir o uniforme na semifinal e mais uma vez vitimou os suecos.

A última vez em que a camisa azul foi usada também ganhou imortalidade entre o povo brasileiro. Também nas quartas de final, mas desta vez em 2002, o Brasil bateu a Inglaterra com o manto de "Nossa Senhora de Aparecida" por 2 a 1. No jogo mais acirrado rumo ao pentacampeonato no Mundial da Coreia do Sul e do Japão, a fé de Ronaldinho Gaúcho em sua pontaria foi o diferencial.

O jogo estava empatado em 1 a 1 quando o melhor jogador do mundo de 2007 viu o goleiro rival Seaman adiantado e resolveu arriscar um improvável gol por cobertura do meio-campo. A ousadia deu certo e restou ao arqueiro lamentar a força divina da seleção canarinho em sua "versão azulada".