sexta-feira, 2 de julho de 2010

Camisa azul protege Brasil rumo a títulos mundiais



A Seleção brasileira voltará a usar o "manto da sorte" diante da Holanda nas quartas da Copa do Mundo.

Apesar de ser considerado o segundo uniforme do Brasil, a camisa azul é historicamente um importante amuleto para a pátria que se acostumou com o tom "canarinho". Nesta sexta-feira, diante dos holandeses,está confirmado que os comandados de Dunga vestirão o manto reserva, já que os holandeses são mandantes do duelo e a Fifa avalia que o laranja e o amarelo não podem ser usados ao mesmo tempo.

Desta forma, os torcedores podem começar as comemorações já na véspera. Com o caráter de "talismã", o uniforme azul vestiu os jogadores da seleção brasileira em confrontos vitais para a definição de três das cinco conquistas mundiais. O histórico de paixão do Brasil com a cor da fé e da confiança foi iniciado em 1958, na decisão diante dos suecos.

Na condição de anfitriões do torneio, os europeus tinham o direito de escolher a cor da camisa, tradicionalmente amarela, assim como a da equipe maestrada pelo então jovem Pelé, de 17 anos. A questão provocou um grande impacto no time brasileiro, que, supersticioso não queria mudar de uniforme. A solução foi dada pelo chefe da delegação. O Dr. Paulo Machado de Carvalho associou o azul da camisa ao manto de Nossa Senhora de Aparecida. Aos gritos, o Marechal da Vitória afirmava: "Com esta camisa, já conquistamos a Copa."

As palavras vibrantes motivaram uma grande exibição na decisão, que coroou o primeiro título brasileiro em sua trajetória vitoriosa ao longo das Copas. Apesar de os suecos começarem bem e abrirem o placar, o Brasil mostrou tranquilidade e repetiu o resultado que já havia disparado diante dos franceses na semifinal. O marcador de 5 a 2 é até hoje a maior goleada de uma seleção em final de Copa do Mundo.

Em 1974, o azul voltou à tona e marcou a eliminação brasileira contra a Holanda na reta final do Mundial. No entanto, 20 anos depois a aura de sorte que acompanha o manto idealizado pelo "Marechal da Vitória" abençoou o time de Parreira diante da mesma "Laranja Mecânica". Nas quartas de final da campanha do tetra, em 1994, o trio formado por Romário, Bebeto e Branco embalou o triunfo por 3 a 2. Após a suada vitória, o Brasil voltou a vestir o uniforme na semifinal e mais uma vez vitimou os suecos.

A última vez em que a camisa azul foi usada também ganhou imortalidade entre o povo brasileiro. Também nas quartas de final, mas desta vez em 2002, o Brasil bateu a Inglaterra com o manto de "Nossa Senhora de Aparecida" por 2 a 1. No jogo mais acirrado rumo ao pentacampeonato no Mundial da Coreia do Sul e do Japão, a fé de Ronaldinho Gaúcho em sua pontaria foi o diferencial.

O jogo estava empatado em 1 a 1 quando o melhor jogador do mundo de 2007 viu o goleiro rival Seaman adiantado e resolveu arriscar um improvável gol por cobertura do meio-campo. A ousadia deu certo e restou ao arqueiro lamentar a força divina da seleção canarinho em sua "versão azulada".

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